No filme de Guilherme Planel, Vivendo um outro olhar, mostra uma renovação sobre o modo de ver a favela. Diferente da imprensa do passado, muitas vezes sensacionalista, popularizando a expressão "espreme e sai sangue", a favela começou a ser mostrada a partir da sua beleza. Capas de jornais mostrando corpos ensanguentados e armas representavam o sentimento da maior parte da população moradora do asfalto. Trazer o outro lado da moeda, a real beleza da favela, é o que fazem os fotógrafos populares, tão bem retratados no filme de Planel. Esse longa metragem é o terceiro de uma série de filmes sobre a fotografia, o primeiro chama-se Abaixando a máquina e o outro Imagens do Jongo. O que mais deve se ter em mente é a enfase dada por parte desses fotógrafos, dizendo que não dão o mesmo enfoque que a grande imprensa dá à comunidade, e sim mostrar pessoas se relacionando livremente, sendo felizes, praticando esportes, crianças se divertindo. O objetivo desses profissionais é que a mídia se humanize e mostre o outro lado da favela também.
O fato é que a grande imprensa também vem tentando "se modernizar" e mudar essa sua procura por sangue, tentando fotografar também realizações sociais existentes nas periferias da cidade. A fotografia popular tem, e ainda terá, um papel fundamental nessa nova perspectiva da favela. O crime organizado e violência saem, e entram as coisas belas, também muito existentes por lá.
imagem do filme Vivendo outro olhar

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