segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Em prol do jornalismo

Com a preocupação de discutir e evoluir o jornalismo, principalmente investigativo, não só no país como no mundo, é criada a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI). Em 2002 nasce a organização, com o objetivo de ajudar, trocar experiência, para que se consiga ter um jornalismo responsável, dentro dos parâmetros éticos da sociedade. É possível que a morte do jornalista Tim Lopes, durante a realização de uma matéria investigativa na favela da Vila Cruzeiro, tenha, relativamente, motivado a criação desse instituto. A ideia surgiu durante o seminário "Jornalismo Investigativo: Éticas, Técnicas e Perigos", realizado na USP, organizado pelo Centro Knight de Jornalismo das Américas, da Universidade do Texas, e dirigido pelo jornalista brasileiro Rosental Calmon Alves. Depois das palestras e encontros organizados, os participantes decidiram criar uma organização que trate, sem nenhum fim lucrativo, o jornalismo investigativo, daí nasceu a ABRAJI. A inspiração veio do IRE (Investigate Reporters e Editors), associação americana, nos moldes da brasileira criada em 2002.

Marcelo Beraba, editor da sucursal carioca da "Folha de S.Paulo", tomou a iniciativa de enviar emails à 45 jornalistas para divulgar a organização e iniciar discussões. A partir daí o projeto cresceu e hoje conta com mais de 2000 afiliados. A ABRAJI desenvolve, congressos, seminários e cursos para que o jornalista se aperfeiçoe cada dia mais. São mais de cinco cursos disponíveis nesse mês, dentre eles estão: "Introdução ao Direito para Jornalistas", com objetivo de dar noções jurídicas ao profissional para que ele não acarrete processos ou derrotas judiciais, logo faça matérias ou reportagens responsáveis e não passíveis de processo. Esse curso tem uma carga horária de 15 horas totais. Também são oferecidos aprendizados online, como o chamado RAC (reportagens com o auxílio do computador), ensinando o jornalista a otimizar as pesquisas na internet e aplicar dados no Microsoft Excel.

Hoje a ABRAJI é presidida pelo profissional da Rede Globo, Marcelo Moreira e possui seu próprio estatuto, com 32 artigos presentes. Qualquer jornalista ou estudante da profissão, interessado no tema e preocupado com a qualidade produzida no país, pode se associar. Os benefícios são, como já citado, prioridade nos cursos organizados pela associação, além de banco de dados e apostilas disponíveis ao sócio, com informações relevantes. Paga-se um taxa de R$210,00 anuais para se tornar um associado.

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