Leonard Downey Jr, jornalista, professor e membro da vice-presidência da Washington Post Company, lista os métodos, apesar de não inaugurados, mas consagrados pelos dois. “Bata em portas para falar com fontes pessoalmente. Proteja a confidencialidade de fontes quando necessário. Nunca confie em uma única fonte. Encontre documentos. Siga a trilha do dinheiro. Coloque cada informação em cima da anterior até que seja possível discernir um padrão”.
O que antes era só mais uma profissão, o jornalismo passou a ser algo honrado. Muitos, depois de Watergate, qualificaram a imprensa como o Quarto Poder. Todos se inspiravam nos profissionais que "desvendaram" o escândalo de Watergate. Alguns jornalistas investigativos viraram nomes importantes e, muitas vezes, lucrativos para o veículo em que trabalhavam. Woodward, por exemplo, fechou bons contratos para escrever livros e artigos, palestrar e aparecer na televisão.
Downey Jr afirma que, antes de Watergate, o jornalismo investigativo parou de ser produzido nas Guerras Mundiais, mas voltou a tona com o movimento pelos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã, ambos nos EUA. Ainda nada muito grande, e ele estava incluído dentre os jornalistas investigativos daquela década. Em 1964 foi criada, pelo Conselho de Pulitzer, prêmio importante para jornalistas da época, a categoria de jornalismo investigativo. Três jornais televisivos americanos aumentaram sua duração e começaram a exibir documentários investigativos. A partir desse início, chegando ao marco de Watergate, passando também pela morte do nosso jornalista Tim Lopes, qual será o futuro do jornalismo investigativo na grande imprensa?
Jornalistas Carl Bernstein (camisa branca, gravata mais clara) e Bob Woodward

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