Durante esse processo básico, se vê muito pouco da sua habilitação, ou seja, se mexe pouco com que se vai trabalhar no futuro. Esses dois anos representam metade da faculdade. É muito tempo estudando generalidades. A teoria do jornalismo é deixada de lado, e o que se aprende é a teoria da comunicação. Por ter apenas dois anos de matérias específicas de jornalismo, a parte teórica da profissão acaba um pouco esquecida. É importante que haja mais foco no jornalismo, em que o aluno fique quatro anos estudando, de fato, a profissão, com práticas e teorias, e junto disto, trabalhando bastante a língua portuguesa. Essas duas frentes principais se juntariam com matérias periféricas, como a literatura, língua estrangeira e as teorias da comunicação. Do jeito que é, acaba que se forma jornalistas incompletos, pois se tem no curso habilitado metade de comunicação e metade de jornalismo. No Brasil talvez a mais importante universidade que faça um curso específico só de jornalismo seja a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). La se separa, desde o início, o curso de jornalismo e o de cinema, por exemplo.
Em 2009, a Comissão de Especialistas em Jornalismo apresentou ao ministro da educação da época, Fernando Haddad, uma proposta para obrigar a existir um curso só de jornalismo. Nessa ideia recomendava um curso focado na parte teórica e técnica das especificidades do jornalismo e, ao mesmo tempo, ligado nas mudanças no mercado de trabalho e nas evoluções da tecnologia.
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