Na Europa se adota uma linha jornalística diferente. A escola europeia de fazer jornalismo procura ser mais narrativo, analítico e, principalmente, opinativo. Isso significa que, período eleitoral, cada jornal tem seu partido. Existem até jornais que explicitam suas ideologias, por exemplo temos um jornal comunista na França, chamado L'Humanité. Lá, ao invés, de se embasarem ao conceito de objetividade, procuram sempre a honestidade e lealdade. Duas definições preponderantes, quando se fala de um jornalismo europeu.
O jornalismo praticado nos Estados Unidos inspirou a nossa escola, ou seja, participação fundamental do lead e objetividade. Teoricamente é isso, mas de um tempo para cá isso vem mudando. É o que afirma o colunista do New York Times, Frank Bruni. "O jornalismo americano está cada vez mais europeu. Lá, a norma é que você se alinhe com um movimento ou partido e que os espectadores ou leitores ganhem uma versão da notícia que afirma ou reforça suas opiniões preestabelecidas de acontecimentos", disse o colunista. O que inspirou sua declaração foram as redes de televisão CNN e MSNBC que se posicionaram nas atuais eleições presidenciais. Enquanto a primeira faz campanha para o candidato republicano Romney, a segunda emissora faz uma fiel campanha para reeleição de Obama. As duas emissoras estão sendo as mais assistidas do país durante esse período, ultrapassando a FOX, cada uma com seu público. É por isso que a declaração de Bruni se justifica e faz todo o sentido.
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