segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ética implicando na verdade

Não se sabe ao certo até que ponto vai a busca pela informação. O jornalista tem o dever de dar a informação precisa, bem apurada, com credibilidade, isso todos sabemos. Mas, até que barreiras ele pode ultrapassar para conseguir se informar? Você pagaria por informação reveladora, que denunciasse uma corrupção pública e provasse quem estava se corrompendo? É difícil, porque, neste caso, além da notícia, tem o zelo pelo bem público. O corrupto estaria se beneficiando com o dinheiro do povo. É complicado falar que é totalmente anti ético executar este tipo de compra, como também é difícil dizer que não compraria. O fato é que pagar por informação não é o meio mais bonito de se conseguir as coisas, mas vai de caso a caso. Deve-se levar em conta que, usualmente, quem faz essa venda é picareta, logo a informação pode ser falsa.

Outra questão é quando o repórter esta com uma fonte exclusiva, que pede para não ser gravada e o profissional liga o gravador e o deixa gravando em seu bolso. Também tem de se relativizar. Gravar a sonora da fonte é uma garantia para o jornalista, pois se o entrevistado resolve dar declarações polêmicas, de cabeça quente, atira para todos os lados e depois se arrepende,   o profissional pode provar que a fonte falou isso. Normalmente, o arrependido liga para a redação e pede para não publicarem a entrevista concedida por ele. O jornal pode até voltar atrás, mas o ideal é que publiquem do mesmo modo e se a fonte negar, existem provas concretas.

É difícil sair julgando qualquer caso como anti ético. Defender o bem público tem que ser, sempre altamente considerado, revelar informações em que o povo está sendo lesado é dever do jornalista. Saber até onde é ético ou não é impossível, vai de cada cidadão. Aquela velha frase, muitos "coleguinhas" podem estar te massacrando, mas o importante é "deitar a cabeça no travesseiro e estar tranquilo consigo"

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